Todos os Natais gozamos de uma especial oportunidade para “irmos” a Belém, a menos que fiquemos presos nos enredos do caminho. E são tantos!
Voltar à Gruta de Belém é voltar à harmonia da criação, ao lugar onde o musgo verde se entrelaça com as palhinhas douradas e José e Maria “adoram” o Menino-Deus que vem junto a nós, trazer Luz e Salvação. Na gruta, os animais convivem, docemente, entre si e com os humano-divinos, ao mesmo tempo que, com o seu sopro de vida, bafejam o Divino Menino Jesus.
Precisamos voltar ao aconchego da Gruta de Belém e, num esforço de aprofundamento consciencial, perceber/recordar o que lá acontece. Em Belém está todo o Evangelho, a Boa Notícia do Deus Amor, feito um de nós. O Deus da acessibilidade, da inclusão e do encontro sem agenda prévia.
Na Gruta, o clima é tecido de Vida, Luz e Paz. A simplicidade transborda; o desprendimento facilita a contemplação do Menino e, os anjos, com as suas vozes e coros harmoniosos procuram introduzir-nos no ambiente sagrado, impedindo-nos do despiste.
Urge voltar a Belém, ao “berço da fraternidade”, à fonte da ternura, ao caudal da humildade, ao segredo da não-violência, ao silêncio que nos recria e robustece, à contemplação do olhar puro duma CRIANÇA, ao Lar da Sagrada Família. Entrar, contemplar, dar uma volta feliz.
Irmã Natália Santos