Temos por hábito formular votos de “muitas felicidades”, quer àqueles que nos são próximos e íntimos, quer mesmo aos que o não são tanto. Faz parte da nossa cultura e do bom trato social. Ao enunciar este desejo, queremos passar uma nota de alegria, de felicidade(s), ou seja, aludir a factos que proporcionem satisfação, agradabilidade.
O Módulo da Felicidade, que o mesmo será dizer Alegria, não é conceito de currículo e tenho a certeza de que, mesmo que o fosse, não gozaria da categoria de “competências essenciais”, nem constaria no rol de “qualidades” que configuram o perfil do aluno, à saída da escolaridade obrigatória. Bem vistas as coisas, isto é uma lacuna, dada a importância vital de tal condimento na nossa vida quotidiana e, particularmente, no retemperar do clima escolar, com vista a uma aprendizagem, feliz e inundada de beleza.
No Colégio Amor de Deus, a alegria/felicidade é, para todos os que lhe dão vida, um “imperativo categórico”. Não por ser um elemento estruturante da educação positiva, mas porque, desde a fundação do 1º Colégio, ou seja, desde as nossas origens, a Alegria-Felicidade(s) nos foi prescrita pelo nosso mentor e Guia, Padre Jerónimo Usera: “recomendo-lhes uma santa alegria”; e ainda: “a tristeza é inimiga de todo o bem”. O Padre Usera sabia, por experiência própria, que só um coração feliz, aprende. Não será por mero acaso que a Comunidade Europeia escolheu o “Hino da Alegria”.
Neste novo recomeço e apesar das sombras que teimam em anuviar as nossas vidas e em fraturar a fraternidade humana, somos todos convidados a contemplar algumas das imensas alegrias/felicidades de que, permanentemente, usufruímos: os olhares claros e límpidos das nossas crianças e jovens; a sua sede da nossa palavra sábia; da ação educativa concertada; do testemunho eloquente; do amor aconchegante e da entrega constante da família aos filhos; o zelo incansável dos educadores e das equipes; os sorrisos e olhares cúmplices que trocamos em prol duma educação integral; o pão com manteiga que comemos; os flocos de aveia com mel; um café quentinho; uma flor que germina no jardim; um figo na figueira; um chuveiro quentinho ou um banho de mangueirada; um gelado em dia de verão; a fé e a confiança que nos congrega e dá ser à FRATERNIDADE AMOR DE DEUS; o Deus que, impercetivelmente, vai à nossa frente e nos acompanha neste novo recomeço e sempre.
Ao iniciar esta nova fase, unamos as nossas alegrias e felicidades para que nos revigorem, recriem e ajudem a focar nos novos horizontes de Sabedoria e de FRATERNIDADE que, com Usera, queremos instaurar.
Com carinho
Irmã Natália Santos