No Evangelho de São João do domingo desta semana, Jesus toma uma atitude radicalmente diferente. Escuta uma parte do texto:
Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas e os cambistas sentados nas bancas. Fez então um chicote de cordas e expulsou-os a todos do templo, com as ovelhas e os bois; deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derrubou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam pombas: «Tirai tudo isto daqui; não façais da casa de meu Pai casa de comércio».
O templo de Jerusalém era lugar de encontro. Aí se encontram muitos vendedores que faziam os seus negócios. Fazia parte da tradição a compra e venda de animais para o sacrifício, previsto pela Lei de Moisés. Podemos perguntar-nos: então porque é que Jesus toma esta postura tão radical? Porque os comerciantes, movidos pela ganância, aumentavam substancialmente os preços, aproveitando-se do facto de estar perto a Páscoa dos Judeus e haver muita gente com necessidade de comprar animais para cumprir com os rituais da Páscoa judaica. Ou seja, junto do templo sagrado de Jerusalém, exploram-se os pobres peregrinos que estavam na cidade para celebrar a Páscoa!
A injustiça e a exploração são atos que entristecem o coração de Deus. Quem acredita em Jesus não pode aceitar que alguém explore o seu irmão.
Será que sou justo/injusto na forma como falo dos outros? Cultivo o sentido da gratuidade? Que situações, no nosso mundo, me chamam a atenção porque exploram os outros.