Oração da Manhã: 06 de outubro de 2017

Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia os melhores cachorros-quentes da região.
Preocupava-se com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava.
As vendas foram aumentando. Comprava o melhor pão e as melhores salsichas. Foi necessário também comprar um fogão maior para atender a grande quantidade de clientes.

O negócio crescia… Os seus cachorros-quentes eram os melhores!

Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar uma boa escola ao filho. O miúdo cresceu e foi estudar Economia numa das melhores Faculdades do país.

Finalmente, o filho já formado, voltou para casa, reparou que o pai continuava com a vida de sempre, vendendo cachorros-quentes feitos com os melhores ingredientes e continuava a gastar dinheiro com cartazes de divulgação. Perante isto, decidiu ter uma séria conversa com o pai:

– Pai, não ouve rádio? Não vê televisão? Não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso País é crítica. Há que economizar!

Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou: Bem, se o meu filho que estudou Economia na melhor Faculdade, lê jornais, vê televisão e internet, e acha isto, então só pode ter razão!

Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (pior pão). Começou a comprar salsichas mais baratas (que eram, também, piores). Para economizar, deixou de mandar fazer cartazes para colocar na estrada. Abatido pela notícia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta.

Tomadas essas ‘providências’, as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo até chegarem a níveis insuportáveis.

O negócio de cachorros – quentes do homem, que antes gerava lucros… faliu.

O pai, triste, disse ao filho: – Estavas certo filho, nós estamos no meio de uma grande crise.

E comentou com os amigos, orgulhoso:

– Bendita a hora em que pus o meu filho a estudar economia, ele é que me avisou da crise…

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