Bom dia.
Um lavrador, sentido chegar o fim dos seus dias, chamou os filhos e disse ao primeiro:
– As terras que eu cultivei durante a minha vida, a partir de hoje, serão tuas. Cuida delas.
Voltando-se para o segundo disse:
– O poço é para ti. Dele beberam os nossos antepassados. Foi a sua água que regou os campos e matou a nossa sede. Não o deixes secar.
Ao terceiro disse:
– O arado é para ti. Com ele lavrarás a terra.
Ao quarto disse:
– Tu ficas com estes sacos cheios de boas sementes.
O pai morreu e eles não sabiam que fazer. As terras sem serem cultivadas. O poço com a água a cheirar mal. O arado a um canto. As sementes no saco. Começaram a ficar preocupados. Reuniram-se e o mais velho disse:
– Por que é que o pai fez assim as partilhas? Julgo que foi para trabalharmos unidos, pois só assim haverá terra lavrada, semeada e regada. Todos concordaram que a união entre irmãos seria necessária para que aquela terra voltasse a produzir alimentos.