Um dia, apresentou-se a uma consulta de um célebre psiquiatra um homem aparentemente sereno e equilibrado, sério e elegantemente vestido. Contudo, depois da troca de algumas frases, o médico descobriu que aquele homem se encontrava muito deprimido, abatido por um profundo sentimento de tristeza e melancolia.
O médico começou com responsabilidade a terapia do doente e, no final da entrevista, disse ao paciente:
– Por que é que não vai esta tarde ao circo, pois é o encerramento das festas? No espetáculo atua um palhaço famosíssimo, que faz rir e divertir toda a gente. Todos falam dele como de algo que nunca viram, porque é um caso único. Far-lhe-á muito bem. Verá como se sentirá melhor.
Então aquele homem começou a chorar. E disse:
– Não posso. Esse palhaço sou eu!