O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava o seu trajeto, tímido por entre as pedras. Aos poucos, foi ganhado volume e transformou-se num rio maior. O viajante continuou a segui-lo.
Bem mais adiante, o que era um pequeno rio, dividiu-se e deu origem a dezenas de que- das de água, num espetáculo de águas cantantes.
A música das águas atraiu mais o viajante, que se aproximou e desceu pelas pedras, ao lado de uma das quedas de água. Descobriu, finalmente, uma gruta.
A natureza criara, com paciência caprichosa, formas na gruta. Ele entrou na gruta, con- templando a beleza das pedras gastas pelo tempo.
De repente, descobriu um letreiro. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que estavam escritos no letreiro. Eram versos do grande escritor Tagore: “Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com a sua doçura, a sua dança, e a sua “paciência”. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.”