Obrigado, Pai, pelos meus braços perfeitos, quando há outros mutilados!
Pelos meus olhos perfeitos, quando há tantos sem luz! Pela minha voz que canta, quan- do tantas emudecem! Pelas minhas mãos que trabalham, quando tantas mendigam! É maravilhoso, Pai, ter um lar para voltar; há tanta gente que não tem onde ir. É maravilho- so Pai, sorrir, amar, sonhar, há tantos eu choram, há tantos que odeiam, há tantos que se revolvem em pesadelos, tantos que morreram antes de nascer.
É maravilhoso, Pai, sobretudo ter tão pouco a pedir e tanto a agradecer.
Obrigado!