Acho que sempre foi fácil falar. Mas nem sempre fazer. E este é o “confronto” de muitos jovens que, como nós – querem fazer a diferença – mas não sabem como.
E dizem-nos: “a caridade começa em casa, por isso, mete a loiça na máquina”. Mas não queremos ficar com os pratos. Queremos os sorrisos. Queremos a bondade. Queremos passar a nossa vida aos que não têm as nossas possibilidades. Queremos “sentir na pele” a emoção de meninos carenciados a receberem o que para eles nunca foi o “normal”, o que nunca fez parte do quotidiano, ao contrário de muitas coisas no nosso dia-a-dia.
Eu, já senti isto. Uma energia inexplicável que está contida naquele simples sorriso – de quem acabou de receber um mero saco com alças, uns crocs ou um dicionário – e a alegria é devastadora. Eles sim, vivem na felicidade pura. Pobres, mas mais felizes do que qualquer outros.
E esta é a filosofia deste projeto – uma das nossas fundadoras – Marta Bello Pais de Almeida – já esteve em contacto com escolas completamente necessitadas em África, em que numa sala da 4ª classe estavam miúdos dos 10-18 anos, todos com manuais diferentes, riscados e utilizados, para a mesma disciplina.
Assim como os marcadores destacam qualquer tipo de informação importante, queremos também nós DESTACAR a educação. Mas de uma outra forma – “colorida”.
Queremos transmitir “as cores” que vêm neste material escolar.
A “cor” que se acrescenta à vida daquelas crianças.
Que uma disciplina mais “aborrecida” possa passar a ser um divertimento com os títulos sublinhados a cor de rosa. Ou que os sumários passem a ser um “momento alto” do dia, só pelo simples facto de ser escrito com várias canetas de cor.
Assim, ajuda-nos a ajudar. Juntos, somos mais fortes!