Através da vidraça do meu quarto vejo um imenso mundo lá fora! Um mundo de seres que lutam decididos e corajosamente para sobreviver neste planeta azul.
A paisagem que vejo da minha janela é o oposto do incompleto, pois está tão carregada de natureza que a torna majestosa e extravagante de tamanha beleza. Eu vejo inúmeras espécies de árvores como os castanheiros de folha cuidadosamente recortada num formato pontiagudo; vejo medronheiros pintados de frutos vermelhos prontos a serem colhidos; vejo pinheiros bravos e mansos tão perfeitos e glamorosos pela sua imponência e também pela riqueza do seu fruto tão delicioso. Que paisagem tão cheia de magia, com trilhos tão esplêndidos e nobres, lugares que levaram tantos anos a desenvolver para embelezar tal cenário. A cada canto da paisagem posso contemplar flores divinas e deslumbrantes, que preenchem todas as cores do arco-íris. Vejo, ao longe, pequenas casas na proximidade de um pequeno bosque. Apesar de não se identificarem com a nossa arquitetura moderna e contemporânea, pelo facto de as mesmas serem antigas e por terem um estilo romântico, animam a paisagem bucólica de uma tarde de começo de outono. Que saudades eu tenho de me perder fixamente neste encanto puro e autêntico, onde a imperfeição não mora, nem o erro, nem a falha, pois tudo foi feito com precisão e esmero.
Martina Pereira – nº18 – 8ºD